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São Domingos de Gusmão
Santo do dia 8 de agosto

São Domingos de Gusmão: Uma história de fé e dedicação

Sao Domingos de Gusmao

São Domingos de Gusmão foi o fundador da Ordem dos frades Pregadores, também conhecida como Ordem dos Dominicanos. Ele é o Padroeiro Perpétuo e Defensor de Bolonha, na Itália.



Início da vida

Domingos nasceu em 24 de junho de 1170 em Caleruega, na região da Velha Castela, hoje Espanha. Ele era filho de Félix de Gusmão e Joana d’Aza e cresceu em uma família rica, nobre e muito católica. Sua mãe e um de seus irmãos mais velhos, Manes, foram beatificados. Outro irmão, Antônio, faleceu com fama de santidade.

Estudos e caridade

Desde cedo, Domingos mostrou-se dedicado aos estudos e destacou-se pela inteligência. Ele se tornou um jovem muito culto, mas nunca deixou de lado a prática da caridade para com os pobres. Na cidade de Calência, onde se formou, vendeu seus pertences para conseguir uma pequena quantia destinada a alimentar doentes e pobres.

Chamado para o sacerdócio

Na juventude, Domingos sentiu-se chamado para o sacerdócio e foi ordenado padre aos vinte e quatro anos. Ele trabalhou na diocese de Osma e distinguiu-se pela inteligência e competência no exercício do ministério. Por isso, foi convidado pelo rei Afonso VII para ajudar na diplomacia de seu governo e também representar a Santa Sé em missões difíceis.

Lutando contra a heresia

No tempo de São Domingos surgiu uma heresia conhecida como “heresia dos albigenses, ou cátaros”, que disseminava a doutrina da reencarnação entre os católicos no sul da França. O papa Inocêncio III enviou São Domingos para lá acompanhado de Diego de Aceber. Seu companheiro faleceu repentinamente e São Domingos enfrentou sozinho a difícil missão na França. Inspirado pelo Espírito de Deus, ele cumpriu a missão com máxima eficiência usando a verdadeira pregação da Palavra de Deus e o seu testemunho de vida.

Fundação da Ordem Segunda

Em 1207, São Domingos fundou o primeiro mosteiro da Ordem Segunda na cidade de Santa Maria de Prouille destinado às mulheres que estavam fadadas a uma vida de prostituição por causa da crise econômica reinante na região. Na igreja desse Mosteiro a Virgem Maria apareceu a São Domingos pedindo-lhe que difundisse a devoção e a oração do Santo Rosário.

Crescimento do movimento

A fama de santidade de São Domingos se espalhava pela Europa e ele começou a atrair pessoas que almejavam seguir seu carisma e apostolado. Assim nasceu um pequeno grupo liderado por ele chamado ‘Irmãos Pregadores’. O movimento cresceu e São Domingos sentiu no coração que era preciso fundar uma Ordem Religiosa que oferecesse uma proposta nova de anúncio e vivência do Evangelho adequada à sua época.

Aprovação papal

São Domingos apresentou o projeto da Ordem dos Dominicanos ao Papa Inocêncio III que lhe concedeu sua primeira aprovação durante o IV Concílio de Latrão. Um ano depois o Papa Honório III concedeu à Ordem dos Dominicanos a aprovação definitiva dando-lhe o nome de Ordem dos Frades Pregadores. Depois passaram a ser chamados de Dominicanos por causa de São Domingos.

 São Sisto II
Santo do dia 7 de agosto

São Sisto II, Papa e seus Companheiros Diáconos: Testemunhos de Fé e Martírio no Cristianismo

São Sisto II, Santo do dia 7 de agosto

O período entre 250 e 260 foi marcado por desafios e glórias para o Cristianismo. Os imperadores Décio e Valeriano provocaram uma fúria terrível contra os cristãos, resultando em numerosos mártires que glorificaram a Deus com seu testemunho de fé. Neste artigo, vamos destacar a vida e o martírio do Santo Papa Sisto II e seus seis diáconos, que enfrentaram a perseguição com coragem e esperança em Cristo Jesus.

O Papado de São Sisto II

São Sisto II foi um dos cinco Papas mártires consecutivos e governou a Igreja durante um breve período de um ano (257 - 258). Durante seu papado, ele trabalhou arduamente para promover a paz e a unidade dentro da Igreja de Cristo.

O Martírio dos Santos

Sisto II foi decapitado durante uma cerimônia clandestina que celebrava em um cemitério na Via Ápia. Seus seis diáconos também foram executados junto com ele. Somente o diácono Lourenço foi poupado por algum tempo, com quatro dias para entregar os bens da Igreja. Essas ações foram resultado da pena de morte estabelecida pelo imperador Valeriano contra os bispos, padres e diáconos cristãos, sem direito a julgamento.

O Testemunho e a Fé Inabalável

O martírio de São Sisto II e seus companheiros diáconos serviu como um poderoso testemunho para a comunidade cristã. Sua coragem e fidelidade a Cristo reforçaram a fé na vida eterna e na verdade do Evangelho. A comunidade cristã que eles faziam parte foi enriquecida e fortalecida pela experiência da tragédia transformada em alegria e admiração.

A Oração e Devoção

Os mártires como São Sisto II nos inspiram a buscar fortaleza na fé para enfrentar as tentações e provações constantes da vida. Suas vidas exemplares, especialmente a de São Sisto, um pastor dedicado, nos incentivam a buscar sua intercessão e bênçãos em nossas próprias jornadas de fé.

Para finalizar

São Sisto II e seus companheiros mártires são exemplos notáveis de coragem, amor e esperança em Cristo Jesus. Seu testemunho de fé nos ensina a perseverar em nossa jornada espiritual, enfrentando as adversidades com confiança na vida eterna. Que possamos seguir seus exemplos e rogar pela intercessão desses santos mártires. Amém! São Sisto e companheiros mártires, rogai por nós!

Veja também outros Santos do dia 7 de agosto - São Caetano de Thiene

 São Caetano de Thiene
Santo do dia 7 de agosto

São Caetano de Thiene: O Reformador Caridoso que Desafiou seu Tempo

São Caetano de Thiene

São Caetano de Thiene, contemporâneo de Lutero, foi um notável reformador do século XVI, cuja vida foi marcada por uma profunda dedicação aos pobres e uma busca incansável por reformas dentro da Igreja. Neste artigo, exploraremos a vida e as contribuições desse santo, mantendo a fidelidade das datas e dos fatos históricos.

Os Primeiros Anos e a Caridade aos Necessitados

Caetano de Thiene nasceu em 1480, apenas três anos antes do reformador alemão Lutero. Desde jovem, ele demonstrou um grande zelo pelos pobres e necessitados, fundando asilos para os idosos e hospitais para os doentes, especialmente para os incuráveis. Sua caridade e compaixão para com os menos favorecidos foram características que o acompanharam ao longo de toda a sua vida.

A Formação e a Dedicação à Vida Eclesiástica

Após concluir seus estudos jurídicos em Pádua aos vinte e quatro anos, Caetano de Thiene decidiu dedicar-se à vida eclesiástica. No entanto, mesmo com o desejo de ingressar na ordenação, considerou-se indigno e adiou essa decisão. Durante esse período, ele fundou uma igreja dedicada a Santa Maria Madalena em Rampazzo, propriedade de sua família, que permanece como paróquia até os dias atuais.

A Experiência em Roma e a Virtude da Humildade

Em 1506, Caetano mudou-se para Roma, onde serviu como secretário particular do Papa Júlio II. Nesse papel, ele teve a oportunidade de conviver com cardeais renomados e aprendeu muito com suas experiências. Contudo, sua principal virtude era a humildade, que o levava a refletir cuidadosamente antes de julgar as ações alheias. Isso era especialmente significativo em meio ao esplendor renascentista, período em que o próprio Vaticano enfrentava desafios em relação à moralidade e santidade dos costumes.

O Envolvimento na Reforma e a Ordenação Sacerdotal

Após participar ativamente do movimento laical Oratório do Divino Amor, cujo foco era o estudo e prática das Sagradas Escrituras, Caetano de Thiene finalmente decidiu-se pela ordenação sacerdotal em 1516, quando tinha trinta e seis anos de idade. Sua primeira missa, celebrada na basílica de Santa Maria Maior, foi um momento marcante, onde relatou ter recebido a aparição de Nossa Senhora com o Menino Jesus em seus braços.

A Colaboração em Obras de Caridade

Após sua ordenação, Caetano foi para Veneza em 1520, onde colaborou na fundação do hospital dos incuráveis. Três anos depois, incansável em sua busca por reformas, retornou a Roma, onde, junto com seus companheiros do Oratório - Bonifácio Colli, Paulo Consiglieri e João Pedro Carafa, bispo de Chiete -, fundou a Ordem dos Teatinos Regulares, com o objetivo de renovar o clero e promover uma vida comunitária dedicada à fé e à caridade.

Abnegação e Crescimento da Congregação

Após a aprovação da congregação pelo Papa Clemente VII, Caetano de Thiene e o bispo Carafa abdicaram de todos os seus bens para se dedicarem inteiramente à vida comum. A nova congregação começou com os quatro fundadores e, ao longo do tempo, o número de membros cresceu consideravelmente. Os Teatinos Regulares, diferentemente dos monges, eram clérigos ativos que viviam em obediência a uma regra de vida comum, renunciando a seus bens terrenos e confiando na Providência divina, sustentados pelo trabalho apostólico e ofertas dos fiéis.

A Morte e a Canonização de São Caetano

Após uma vida repleta de trabalho e sofrimento, Caetano faleceu devido à fadiga aos sessenta e seis anos de idade, em Nápoles, no dia 7 de agosto de 1547. Em 1671, foi canonizado, tornando-se São Caetano de Thiene, e seu corpo é venerado na belíssima basílica de São Paulo Maior, que é carinhosamente chamada de basílica de São Caetano pelos fiéis e peregrinos em homenagem a esse notável santo e reformador da Igreja.

Veja também outro Santo do dia 7 de agosto - São Sisto II

 São João Maria Vianney
Santo do dia 4 de agosto
São João Maria Vianney


São João Maria Vianney: O Cura de Ars e Padroeiro dos Sacerdotes

Infância e Chamado

São João Maria Batista Vianney nasceu em 8 de maio de 1786, no povoado de Dardilly, ao norte de Lyon, França. Filho de Mateus e Maria, ele foi o quarto dos sete filhos do casal. Desde a infância, João Maria manifestou o desejo de se tornar um sacerdote e sempre frequentava a igreja.

Desafios e Vocações

Apesar de sua vontade, a vida religiosa não foi uma escolha fácil para João Maria. Ele só foi para a escola na adolescência, quando abriram uma na aldeia, mas teve que deixá-la para trabalhar no campo. Sua falta de instrução foi um obstáculo no Seminário de Écully, onde encontrou resistência para seguir seu chamado.

A Ordenação e os Obstáculos

Em 1815, João Maria Batista Vianney foi ordenado sacerdote, porém, com uma limitação: não poderia ser confessor, pois não era considerado capaz de guiar consciências. Entretanto, Deus tinha outros planos para ele e, através de seu apostolado, o dom do Espírito Santo manifestou-se, tornando-o um dos mais famosos e competentes confessores da Igreja.

A Transformação de Ars-sur-Formans

Em 1818, João Maria chegou a Ars-sur-Formans, uma pequena cidade com problemas de violência e falta de prática religiosa. Com sua caridade e firmeza, ele conseguiu transformar a realidade local, enchendo a igreja e mudando o coração das pessoas. Sua fama de santidade correu por toda a Europa, tornando o local um centro de peregrinações.

Exemplo de Santidade

São João Maria Vianney era um exemplo de obediência, caridade, piedade e fé em Cristo. Dedicava-se inteiramente à sua paróquia, cuidando dos pobres e necessitados, mesmo que isso significasse fazer seus próprios serviços e refeições. Sua vida em constante oração e sacrifício inspirava a todos.

A Morte e o Legado

Após uma vida dedicada ao serviço do próximo, São João Maria Vianney faleceu serenamente, consumido pela fadiga, na noite de 4 de agosto de 1859, aos setenta e três anos de idade. Sua fama de santidade já o precedia, e em 1925, o Papa Pio XI o canonizou. Seu corpo, incorrupto, repousa na igreja da paróquia de Ars, que se tornou um importante santuário de peregrinação.

Padroeiro dos Sacerdotes

A Igreja proclamou São João Maria Vianney como Padroeiro dos Sacerdotes, em reconhecimento à sua dedicação e sabedoria como confessor. O dia de sua festa, 4 de agosto, foi escolhido para celebrar o Dia do Padre, honrando o legado desse humilde sacerdote que se tornou um modelo de santidade e amor ao próximo.

São João Maria Vianney, rogai por nós!

Santo Aspreno de Nápoles
Santo do dia 3 de agosto

Santo Aspreno de Nápoles


Aspreno nasceu no primeiro século em Nápoles, e poucas informações sobre sua vida são conhecidas. Conta-se que São Pedro, após fundar a Igreja de Antioquia, dirigiu-se a Roma e, em sua jornada, encontrou uma senhora chamada Santa Candida La Vecchia, que prometeu adorar o Senhor Deus se fosse curada de sua doença.

Pedro, invocando a força do Senhor Deus, orou pela mulher, que foi curada em breve tempo. Grata pela milagrosa cura, ela decidiu apresentar a Aspreno, seu amigo doente, a São Pedro, para que pudesse receber a mesma graça. Assim, Pedro conseguiu curar Aspreno e, posteriormente, o batizou.

Após a cura, Aspreno se converteu e, quando Pedro teve que deixar Nápoles rumo a Roma, consagrou Aspreno como bispo, pois a comunidade cristã havia crescido e necessitava de um pastor. Aspreno construiu um edifício de culto chamado Santa Maria del Principio, onde mais tarde seria erguida a Basílica de Santa Restituta e, posteriormente, o Duomo de Nápoles.

Aspreno foi o primeiro bispo de Nápoles e, de acordo com o Calendário Marmóreo de Nápoles, uma antiga estela que lista os nomes dos bispos de Nápoles até o século IX, seu pastoreio durou cerca de 23 anos. Sua vida ocorreu durante os reinados dos imperadores Trajano e Adriano. Ele foi especialmente amoroso com os pobres e sempre se mostrou disponível para todas as pessoas, independentemente de classe social ou posição, e seu carisma especial fortaleceu a comunidade cristã napolitana.

Segundo a tradição, Sant’Aspreno curava milagrosamente as pessoas de dores de cabeça, sendo invocado contra enxaquecas.

Ele foi o primeiro patrono de Nápoles e, desde 1673, é venerado como o segundo patrono da cidade.

MARTIROLÓGIO ROMANO. Em Nápoles, São Aspreno, primeiro bispo da cidade.
Nome: Santo Aspreno de Nápoles
Título: Bispo
Nascimento: Século I, Nápoles
Morte: Século II, Nápoles
Data de celebração: 3 de agosto
Tipo: Comemoração
Padroeiro de: Nápoles


Santa Lídia

Santo do dia 3 de agosto

Santa Lídia, a santa celebrada no dia 3 de agosto, teve um impacto significativo não apenas em sua família, mas também em outras mulheres e pessoas de diversas origens com quem ela lidava em seu próspero comércio de púrpura.



Origens e Comércio de Púrpura


A história de Santa Lídia está registrada no livro dos Atos dos Apóstolos 16, 14-40. Ela nasceu em Tiatira, Grécia, e era uma comerciante de púrpura estabelecida em Filipos, uma colônia romana na Grécia. Seu comércio de púrpura, extraída do molusco Mmurici no Mar Mediterrâneo, era um negócio promissor e luxuoso, utilizado somente por reis e nobres.

Santa Lídia, Uma Líder Empreendedora


Santa Lídia destacou-se por ser uma mulher líder, rica e influente, além de chefe de família. Sua posição no comércio e sua influência sobre sua família demonstram sua liderança em uma sociedade dominada pelo machismo.

A Conversão de Santa Lídia e a Busca pela Verdade


Ao ouvir São Paulo falar sobre Jesus Cristo, Santa Lídia sentiu o chamado da fé cristã e decidiu se converter. Antes disso, ela era prosélita, ou seja, havia se convertido ao judaísmo, mas ao conhecer a mensagem de São Paulo, reconheceu a verdade e abraçou a fé cristã.

A Fundação da Primeira Igreja na Europa


A fé de Santa Lídia foi um pilar fundamental na fundação da primeira igreja cristã na Europa. Ela convidou São Paulo e seus companheiros para permanecerem em sua casa em Filipos, resultando na formação da comunidade cristã na região. A casa de Santa Lídia tornou-se, assim, a primeira Igreja da Europa.

Missão e Influência


Além de ser uma comerciante bem-sucedida, Santa Lídia também foi uma missionária, influenciando outras mulheres e pessoas com quem interagia em seu comércio de púrpura. Seu testemunho sobre Jesus Cristo contribuiu para fortalecer a Comunidade Cristã de Filipos.

Santa Lídia Padroeira dos Tintureiros e Comerciantes


Pela sua profissão no comércio de púrpura, Santa Lídia é reconhecida como a Padroeira dos tintureiros e comerciantes. Sua devoção é comemorada em 3 de agosto, honrando sua contribuição para a fé cristã e sua influência como líder e empreendedora.

A história de Santa Lídia é uma inspiração para todas as mulheres e homens que desejam exercer liderança, influência e fé em suas vidas, mostrando que o exemplo de uma pessoa pode impactar positivamente a comunidade à sua volta.

Oração de Santa Lídia


“Ó santa Lídia, umas das primeiras santas a ser venerada, ajuda-me a abrir meu coração a Jesus como tu fizestes ouvindo os apóstolos. Que minha casa também seja Igreja, lar de fé e esperança. Amém.” 
Santa Lídia, rogai por nós!


Santa Clara de Assis

Santo do dia  - 11 de Agosto

 
Santa Clara
Santa Clara de Assis  1193-1253  Fundou a Ordem das Clarissas

Santa Clara nasceu em Assis, no ano 1193, no seio de uma família da nobreza italiana, muito rica, onde possuía de tudo. Porém o que a menina mais queria era seguir os ensinamentos de Francisco de Assis. Aliás, foi Clara a primeira mulher da Igreja a entusiasmar-se com o ideal franciscano. Sua família, entretanto, era contrária à sua resolução de seguir a vida religiosa, mas nada a demoveu do seu propósito.


No dia 18 de março de 1212, aos dezenove anos de idade, fugiu de casa e, humilde, apresentou-se na igreja de Santa Maria dos Anjos, onde era aguardada por São Francisco e seus frades. Ele, então, cortou-lhe o cabelo, pediu que vestisse um modesto hábito de lã e pronunciasse os votos perpétuos de pobreza, castidade e obediência.

Depois disso, Clara, a conselho de Francisco, ingressou no Mosteiro beneditino de São Paulo das Abadessas, para ir se familiarizando com a vida em comum. Pouco depois foi para a Ermida de Santo Ângelo de Panço, onde Inês, sua irmã de sangue, juntou-se a ela.

Pouco tempo depois, Francisco levou-as para o humilde Convento de São Damião, destinado à Ordem Segunda Franciscana, das monjas. Em agosto, quando ingressou Pacífica de Guelfúcio, Francisco deu às irmãs sua primeira forma de vida religiosa. Elas, primeiramente, foram chamadas de "Damianitas", depois, como Clara escolheu, de "Damas Pobres", e finalmente, como sempre serão chamadas, de "Clarissas".

Em 1216, sempre orientada por Francisco, Clara aceitou para a sua Ordem as regras beneditinas e o título de abadessa. Mas conseguiu o "privilégio da pobreza" do papa Inocêncio III, mantendo, assim, o carisma franciscano. O testemunho de fé de Clara foi tão grande que sua mãe, Ortolana, e mais uma de suas irmãs, Beatriz, abandonaram seus ricos palácios e foram viver ao seu lado, ingressando também na nova Ordem fundada por ela.

A partir de 1224, Santa Clara adoeceu e, aos poucos, foi definhando. Em 1226, São Francisco de Assis morreu e Clara teve visões projetadas na parede da sua pequena cela. Lá, via Francisco e os ritos das solenidades do seu funeral que estavam acontecendo na igreja. Anteriormente, tivera esse mesmo tipo de visão numa noite de Natal, quando viu, projetado, o presépio e pôde assistir ao santo ofício que se desenvolvia na igreja de Santa Maria dos Anjos. Por essas visões, que pareciam filmes projetados numa tela, santa Clara é considerada Padroeira da Televisão e de todos os seus profissionais.

Depois da morte de são Francisco, Clara viveu mais vinte e sete anos, dando continuidade à obra que aprendera e iniciara com ele. Outro feito de Clara ocorreu em 1240, quando, portando nas mãos o Santíssimo Sacramento, defendeu a cidade de Assis do ataque do exercito dos turcos muçulmanos.

No dia 11 de agosto de 1253, algumas horas antes de morrer, Clara recebeu das mãos de um enviado do papa Inocêncio IV a aguardada bula de aprovação canônica, deixando, assim, as sua "irmãs clarissas" asseguradas. Dois anos após sua morte, o papa Alexandre IV proclamou santa Clara de Assis

Santo do Dia

Zeferino Gimenez Malla

Santo do Dia 2 de Agosto
Zeferino Gimenez Malla   Bem-aventurado  1861-1936

Zeferino Gimenez Malla nasceu na Catalunha, Espanha, em 26 de agosto de 1861. Descendia do povo cigano daquela localidade, que chamava o menino de "El Pelé". A família vivia na pobreza, que se intensificou quando o pai a abandonou para ficar com outra mulher. Por isso Zeferino não pôde ir à escola, precisou ajudar no sustento da casa, confeccionando e vendendo cestas de vime.

Quando completou vinte anos, transferiu-se para Barbastro e ali se casou com Teresa Gimenez Castro, ao modo cigano, sem rito religioso. O casal não pôde ter filhos, então resolveram adotar Pepita, uma sobrinha de Teresa.

Zeferino não tinha uma profissão fixa, era habilidoso com cavalos e mulas, mas tornou-se um comerciante autônomo depois de um episódio que encantou toda Barbastro. Um homem tuberculoso, vertendo sangue contaminado pela boca, estava agonizando na estrada. Todos tinham receio de ajudá-lo, afinal a tuberculose era extremamente contagiosa. Porém isso não intimidou Zeferino, que o ajudou prontamente, abrigando-o em sua casa e tratando de sua doença. Quis o destino que a família daquele homem fosse uma das mais poderosas do local, e Zeferino foi muito bem gratificado pela sua boa ação. Com o dinheiro, ele iniciou um pequeno negócio, que rapidamente prosperou.

Ele acabou enriquecendo, mas, mesmo assim, continuou praticando sua caridade. Com o sangue nômade nas veias, passou a pregar pelas estradas, munido do rosário. Socorria aos mais pobres, especialmente os ciganos, seus irmãos de sangue. Porém para ele todos eram o "próximo", tornando-se a razão de sua existência e de seu trabalho caridoso.

Cristão, devoto da Virgem Maria e da eucaristia, freqüentava a santa missa todos os dias, na qual fazia questão de receber a comunhão. Zeferino oficializou seu casamento pelo rito católico em 1912. Na ocasião, passou a freqüentar a "Quarta-feira eucarística", da Ordem Terceira de São Francisco, quando, então, todos os religiosos reconheceram naquele comunicativo cigano um grande modelo de virtude e santidade. Empenhou-se com grande generosidade nas Conferências de São Vicente de Paulo, porque desejava tornar sua caridade mais eficiente. Mesmo sendo analfabeto, também se dedicava à catequese das crianças, ciganas ou não. Era muito querido por elas, pois, conhecendo muitas passagens da Bíblia, ele as contava com especial inspiração.

Em 1936, explodiu a guerra civil espanhola. No dia 2 de agosto daquele ano, Zeferino foi preso ao tentar libertar um padre que era prisioneiro de um grupo anarquista. Tinha, então, setenta e cinco anos de idade. Mesmo sob a mira das armas, Zeferino protestou de cabeça erguida. Todos puderam ouvir seu último grito, brandindo o rosário, seu companheiro, antes do fuzilamento: "Viva Cristo Rei!"
Por ordem dos rebeldes, todos os fuzilados foram enterrados numa cova coletiva. Entre eles estava Zeferino, cujo corpo nunca pôde ser encontrado. Em 1997, numa bela cerimônia solene celebrada pelo papa João Paulo II, em Roma, na presença de milhares de ciganos cristãos do mundo todo, Zeferino Gimenez Malla foi declarado bem-aventurado. Assim, ele se tornou o primeiro cigano a ser elevado aos altares pela Igreja, cuja festa foi marcada para o dia de sua morte.

- Santos de Agosto 
 Sites que podem ser de seu interesse:
Vaticano, site oficial
CNBB - Conferência Nacional do Bispos do Brasil

Santo do Dia

Santo Eusébio de Vercelli

Santo do Dia - Santo Eusébio
Santo Eusébio de Vercelli - 283-371


Santo Eusébio de Vercelli  nasceu na ilha da Sardenha, no ano 283. Depois da morte do seu pai, em testemunho da fé em Cristo, durante a perseguição do imperador Diocleciano, sua mãe levou-o para completar os estudos eclesiásticos em Roma. Assim, muito jovem, Eusébio entrou para o clero, sendo ordenado sacerdote. Aos poucos, foi ganhando a admiração do povo cristão e do papa Júlio I, que o consagrou bispo da diocese de Vercelli em 345.


Nessa condição, participou do Concílio de Milão em 355, no qual os bispos adeptos da doutrina ariana tentaram forçá-lo a votar pela condenação do bispo de Alexandria, santo Atanásio. Eusébio, além de discordar do arianismo considerou a votação uma covardia, pois Atanásio, sempre um fiel guardião da verdadeira doutrina católica, estava ausente e não podia defender-se. Como ficou contra a condenação, ele e outros bispos foram condenados ao exílio na Palestina.

Porém isso não o livrou da perseguição dos hereges arianos, que infestavam a cidade. Ao contrário, sofreu muito nas mãos deles. Como não mudava de posição e enfrentava os desafetos com resignação e humildade, acabou preso, tendo sido cortada qualquer forma de comunicação sua com os demais católicos. Na prisão, sofreu ainda vários castigos físicos. Contam os escritos que passou, também, por um terrível suplício psicológico.

Quando o povo cristão tomou conhecimento do fato, ergueu-se a seu favor. Foram tantos e tão veementes os protestos que os hereges permitiram sua libertação. Contudo o exílio continuou e ele foi mandado para a Capadócia, na Turquia e, de lá, para o deserto de Tebaida, no Egito, onde foi obrigado a permanecer até a morte do então imperador Constantino, a quem sucedeu Juliano, o Apóstata, que deu a liberdade a todos os bispos presos e permitiu que retomassem as suas dioceses.

Depois do exílio de seis anos, Santo Eusébio de Vercelli  foi o primeiro a participar do Concílio de Alexandria, organizado pelo amigo, santo Atanásio. Só então passou a evangelizar, dirigindo-se, primeiro, a Antioquia e, depois, à Ilíria, onde os arianos, com sua doutrina, continuavam confundindo o povo católico. Batalhou muito combatendo todos eles.

Mais tarde, foi para a Itália, sendo recepcionado com verdadeira aclamação popular. Em seguida, na companhia de santo Hilário, bispo de Poitiers, iniciou um exaustivo trabalho pela unificação da Igreja católica na Gália, atual França. Somente quando os objetivos estavam em vias de serem alcançados é que ele voltou à sua diocese em Vercelli, onde faleceu no dia 1o. de agosto de 371.

Apesar de ser considerado mártir pela Igreja, na verdade Santo Eusébio de Vercelli  não morreu em testemunho da fé, como havia ocorrido com seu pai. Mas foram tantos os seus sofrimentos no trabalho de difusão e defesa do cristianismo, passando por exílios e torturas, que recebeu esse título da Igreja, cujo mérito jamais foi contestado. Com a reforma do calendário litúrgico de Roma, de 1969, sua festa foi marcada para o dia 2 de agosto. Nesta data, o Santo do Dia 2 de agosto é Santo Eusébio de Vercelli, as suas relíquias são veneradas na catedral de Vercelli, onde foram sepultadas e permanecem até os nossos dias.

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Santo do Dia

Santo Afonso Maria de Ligório

Santo do Dia 1 de Agosto
Santo Afonso Maria de Ligório - 1696-1787 Fundou a Congregação do Santíssimo Redentor"Padres Redentoristas"

Santo Afonso Maria de Ligório nasceu no dia 27 de setembro de 1696, no povoado de Marianela, em Nápoles, na Itália, filho de pais cristãos, ricos e nobres, que, ao se depararem com sua inteligência privilegiada, deram-lhe todas as condições e todo o suporte para tornar-se uma pessoa brilhante. Enquanto seu pai o preparava nos estudos acadêmicos e científicos, sua mãe preocupava-se em educá-lo nos caminhos da fé e do cristianismo. Santo Afonso Maria de Ligório cresceu um cristão fervoroso, músico, poeta, escritor e, com apenas dezesseis anos de idade, doutorou-se em direito civil e eclesiástico.
Passou a advogar e atender no fórum de Nápoles, porém jamais abandonou sua vida espiritual, que era muito intensa. Sempre foi muito prudente, nunca advogou para a Corte, atendia a todos, ricos ou pobres, com igual empenho. Porém atendia, em primeiro lugar, os pobres, que não tinham como pagar um advogado, não por uma questão moral, mas porque era cristão.

Depois de dez anos, Santo Afonso Maria de Ligório, tornara-se um memorável e bem sucedido advogado, cuja fama chegara aos fóruns jurídicos de toda a Itália. Entretanto, por exclusiva interferência política, perdeu uma causa de grande repercussão social, ocasionando-lhe uma violenta desilusão moral. A experiência do mundo e a forte corrupção moral já eram objeto de suas reflexões, após esse acontecimento decidiu abandonar tudo e seguir a vida religiosa.

O pai, a princípio, não concordou, mas, vendo o filho renunciar à herança e aos títulos de nobreza, com alegria no coração, aceitou sua decisão. Afonso concluiu os estudos de teologia, sendo ordenado sacerdote aos trinta anos, em 1726. Escolheu o nome de Maria para homenagear o Nosso Redentor por meio da Santíssima Mãe, aos quais dedicava toda a sua devoção, e agora também a vida.

Desde então, colocou seus muitos talentos a serviço do Povo de Deus, evidenciando ainda mais os da bondade, da caridade, da fé em Cristo e do conforto espiritual que passava a seus semelhantes. Em suas pregações, Santo Afonso Maria de Ligório usava as qualidades da oratória e colocava sua ciência a serviço do Redentor. As suas palavras eram um bálsamo aos que procuravam reconciliação e orientação, por meio do confessionário, ministério ao qual se dedicou durante todo o seu apostolado. Aos que lhe perguntavam qual era o seu lema, dizia: "Deus me enviou para evangelizar os pobres".

Para viver plenamente o seu lema, em 1732, fundou a Congregação do Santíssimo Redentor, ou dos Padres Redentoristas, destinada, exclusivamente, à pregação aos pobres, às regiões de população abandonada, sob a forma de missões e retiros. Ele mesmo viajou por quase todo o sul da Itália pregando a Palavra de Deus e a devoção a Maria, entremeando sua atividade pastoral com a de escritor de livros ascéticos e teológicos. Com tudo isso, conseguiu a conversão de muitas pessoas.

Em 1762, obedecendo à indicação do papa, aceitou ser o bispo da diocese de Santa Águeda dos Godos, diante da qual permaneceu durante treze anos. Portador de artrite degenerativa deformante, já paralítico e quase cego, retirou-se ao seu convento, onde completou sua extensa e importantíssima obra literária, composta de cento e vinte livros e tratados. Entre os mais célebres estão: "Teologia moral"; "Glórias de Maria", "Visitas ao SS. Sacramento"; além do "Tratado sobre a oração".

Depois de doze anos de muito sofrimento físico, Santo Afonso Maria de Ligório morreu aos noventa e um anos, no dia 1º de agosto de 1787, em Nocera dei Pagani, Salerno, Itália. Canonizado em 1839, foi declarado doutor da Igreja em 1871. O papa Pio XII proclamou santo Afonso Maria de Ligório Padroeiro dos Confessores e dos Teólogos de Teologia Moral em 1950.
- Santos de Julho
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